quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Análise: The Legend of Zelda: Twilight Princess

A idéia deste blog é também comentar eZelda 01m forma de análise e indicar jogos clássicos Nintendo, a fim de despertar interesse em novos jogadores sem referências de bons jogos. Estarei sempre comentando sobre jogos que são obrigatórios de serem experimentados. Trata-se de clássicos atemporais e inesquecíveis, que marcaram época e tem um lugarzinho especial no coração de todo gamer que se preze. Por uma questão histórica, começaremos com The Legend of Zelda: Twilght Princess. Histórica porque foi a primeira vez que um jogo da série Zelda esteve presente junto com o lançamento de um console Nintendo. Oficialmente anunciado a uma platéia entusiasta durante a E3 de 2004, Shigeru Miyamoto, criador de grandiosas franquias no mundo dos games, apareceu no palco empunhando uma espada e um escudo, como Link, o personagem principal da série. (http://www.youtube.com/watch?v=uXrsK8ICp8E)
O jogo começa com Link, o protagonista da aventura, num vilarejo pacato, chamado de Ordon. É um local simples e muito calmo. Link ajuda em algumas tarefas braçais no vilarejo e cuida de um rancho próximo a sua casa, além de passar algum tempo com as crianças da vila, que se tornam posteriormente parte da trama e ponto chave no desenrolar da história. É impossível não sentir um clima de paz e tranqüilidade logo nesse começo de jogo. O visual da vila é simples, mas impressionante. Os detalhes são fantásticos e o design do lugar é extremamente elegante e muito vivo. Tanta paz e tamanha tranqüilidade não poderiam acabar bem... Criaturas de um reino chamado “Crepúsculo” (Twilight Realm) começam a invadir Hyrule e se alastram por todos os reinos, trazendo escuridão, medo e morte a todos os lugares por onde passam. Assim, Link se vê obrigado a combater a expansão do Reino da escuridão ao mundo de Hyrule. Para auxiliá-lo em sua jornada, ele conta com a ajuda de Midna, uma curiosa criatura que foi “expulsa” do reino Twilight e também dos animais sagrados que protegem cada um dos reinos.
A história gira em torno da contrariedade da luz Zelda 02e da escuridão, como o paradoxo que há entre a noite e o dia, que é tratado filosoficamente no jogo como “dois lados de uma mesma moeda”. O roteiro é muito bem elaborado, com um clima mais “Dark” que os outros jogos da série. O desenrolar dos fatos é épico e cheio de reviravoltas surpreendentes.
O jogo conta com cutscenes (cenas de animação em CG) extraordinárias. O clima de emoção e odisséia é constante durante toda a aventura.


Zelda 03Quando o Crepúsculo cai sobre os reinos de Hyrule, o clima muda radicalmente. A trilha sonora alegre e muito harmônica, característica da série, dá lugar a melodias cortantes, criando um clima tenso de agonia, sofrimento e solidão. Todas as pessoas de Hyrule se transformam em espíritos e não são conscientes do que verdadeiramente acontece (Não sabem nem mesmo que são espíritos dentro do reino crepúsculo). O visual, apesar de “dark” é belíssimo. Partículas que simbolizam pedaços de escuridão saltam do chão, subindo o tempo todo. A impressão que se tem é que uma tempestade muito forte ou uma noite densa atravessa as terras de Hyrule.Zelda 04
Nas regiões mais abertas, na ausência do Twilight, os gráficos são os mais lindos possíveis... Campos grandiosos, árvores e estruturas muito bem projetadas. As Dungeos são um espetáculo a parte, com cada detalhe muito bem cuidado. A arquitetura delas varia conforme a região em que foi construída. O visual é quase que temático... Realmente muito bem pensado.




Os personagens são muito bem modelados e ricos de expressões emocionais. Dá pra sentir o clima de tristeza ou felicidade na feição deles, conforme as situações do jogo transpassam.

Zelda 05


A trilha sonora beira a perfeição... As canções ficarão por muito tempo na sua cabeça e, no futuro, trarão lembranças muito importantes na sua memória Gamer. As músicas são de ritmos bem variados e se encaixam perfeitamente no clima do jogo. Se fosse orquestrada, como em Super Mario Galaxy, a trilha poderia ser digna de competir com Movimentos e Concertos de Mozart ou Beethoven, sem exageros.
A jogabilidade é simples e muito fluída. Mirar na tela para atirar flechas ou usar o gancho é muito mais fácil e intuitivo. Mesmo sem precisão ou controle dos movimentos, sacudir aleatoriamente o wii-mote para deferir espadadas ainda é confortável. O que mais incomoda é o fato de não ter um analógico para girar a câmera durante o jogo, mas nada que comprometa seriamente a jogabilidade.
The Legend of Zelda é uma franquia que está marcada no coração da maioria dos Gamers. Trilhar os campos de Hyrule mais uma vez para salvar esta terra nunca é demais. Se tiver os elementos principais da série e um pouco de criatividade e inovação sempre será um jogo memorável. Twilight Princess representa o ápice da franquia, reunindo bons gráficos, uma boa jogabilidade e um apanhado grande de boas idéias. Se você nunca experimentou um game Zelda, esta é a oportunidade perfeita pra começar, só não estranhe se lhe der vontade de experimentar todos os outros jogos da série. Se for este o seu caso, parabéns. Você tem pelo menos essa geração de console todinha de diversão garantida até fechar todos os Zeldas.
Zelda 06

Recomendação: 97%



Curiosidades sobre o Game:

1 - O jogo tinha previsão de lançamento para 2005, a princípio apenas para o Nintendo Game Cube. O game sofreu vários adiamentos, até ser confirmado na E3 2006 como jogo de lançamento também para o novo console da Nintendo, o Nintendo Wii. As duas versões chegaram ao final daquele ano, sendo que a versão do Wii tinha vantagens consideráveis por conta das funcionalidades do novo controle, o wii-remote.
2 – As duas versões são idênticas entre si, mas espelhadas. Nos outros jogos da série, Link é canhoto. Só que ficaria difícil para a maioria segurar o wii-mote com a mão esquerda, já que o wii-mote controla a espada. Por isso foi preciso inverter todo o jogo, trazendo a espada de Link, na versão do Wii, para a mão direita. A versão do Wii é Wide Screen e tem suporte a 480p.
3 - Para muitos o game representa uma espécie de redenção da Nintendo. No evento de games Space World 2000, a Nintendo mostrou ao público uma demo técnica de um novo Zelda a fins de mostrar as capacidades do Game cube. O fato é que não tinha como não ficar impressionado com o vídeo de Link e Ganondorf, numa batalha épica, com gráficos extremamente realistas e cheios de detalhes impressionantes para a época (http://www.youtube.com/watch?v=eEF9Utdu-L0).
A ansiedade pelo novo Zelda era muito grande e o vídeo atiçou os olhos pela beleza gráfica dessa promessa de jogo. Só que os gráficos realistas ficaram só na promessa mesmo. No mesmo evento, no ano seguinte, a Nintendo, ao que parece, puxou o tapete de todos os fãs da série.
Zelda 07 Dá até pra sentir um clima de decepção por parte da platéia quando o jogo foi apresentado ao público (http://www.youtube.com/watch?v=aQ7riCXrDxY)... O problema? O gráfico com arte de desenho animado, totalmente diferente do que haviam insinuado aos fãs anteriormente. The Legend of  Zelda: Wind Waker foi duramente criticado, muito antes de seu lançamento. Shigeru Miyamoto, pai da franquia, foi muito xingado pelos fãs do mundo inteiro. Até o dia do lançamento, quando alguns resolveram experimentar o jogo. A comunidade gamer ficou de queixo caído com sua qualidade. Até hoje é um dos Zeldas mais querido dos fãs e está entre os jogos mais bem avaliados da história. O estilo cartunizado rendeu duas continuações para o Nintendo Ds. No portátil estes dois Zeldas também estão no top 10 dos melhores jogos feitos para um portátil da Nintendo.

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